4-Tabaco
Do conjunto destes factores, o consumo de tabaco constitui a principal causa de morbilidade e mortalidade evitáveis. Estima-se que, nos países industrializados, o hábito tabágico esteja relacionado com cerca de 1/5 da mortalidade total e com cerca de 1/3 das mortes provocadas por tumores malignos. O cancro do pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos e a principal causa de morte, por cancro, dos fumadores. O risco de desenvolver o cancro do pulmão é 20 a 25 vezes superior nos fumadores do que nos não fumadores. Em 98% dos tabagistas são encontradas, na mucosa que reveste os brônquios, alterações celulares compatíveis com o cancro do pulmão.
A probabilidade de se contrair cancro do pulmão diminui quando se pára de fumar e, após 15 anos sem fumar, volta a ser semelhante à dos indivíduos que nunca fumaram. No entanto, a melhor forma de evitar não só ocancro do pulmão como também os outros tipos de cancro é não fumar, e na génese da sua prevenção está a coragem de nunca experimentar.
O risco de enfarte do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais (pílula e fumam chega a ser dez vezes superior ao das que não fumam e não usam este método de controlo da natalidade.
in Educação Física – 10º,11º e 12º anos; de Paula Romão e Silvina Pais; Porto Editora
Leituras complementares
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente cerca de 4,9 milhões de pessoas morrem, em todo o mundo, em resultado do tabagismo. Se a epidemia não for travada, a mesma organização estima que, em 2020/30, esse número chegará aos 10 milhões de pessoas por ano.
Uma vez iniciado o consumo do tabaco, rapidamente se transforma em dependência (física e psíquica), provocada por uma droga psicoactiva - a nicotina – presente na folha do tabaco.
O fumo produzido pelo consumo do tabaco contém mais de quatro mil compostos químicos com efeitos tóxicos e irritantes, dos quais mais de 40 são reconhecidos como cancerígenos.
O tabagismo não é factor de risco apenas para o próprio fumador, mas também para aqueles que, não sendo fumadores, se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo. Dados recolhidos em 1992, pela Comissão Europeia, revelaram que 29 por cento dos fumadores portugueses nunca se abstêm de fumar em presença de não-fumadores.
Estudos epidemiológicos confirmam a associação entre o tabagismo e...
- Um terço de todos os casos de cancro;
- 90 por cento dos casos de cancro do pulmão;
- Cancro do aparelho respiratório superior (lábio, língua, boca, faringe e laringe);
- Cancro da bexiga, rim, colo do útero, esófago, estômago e pâncreas;
- Doenças do aparelho circulatório, dos quais a doença isquémica cardíaca (25 por cento);
- Bronquite crónica (75-80 por cento), enfisema e agravamento da asma;
- Irritação ocular e das vias áreas superiores.
Fumar reduz a esperança média de vida em cerca de dez anos.
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